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O que todo gestor deve perguntar ao olhar os dados da APS

10 perguntas que um bom gestor deve fazer ao olhar para os dados da APS

Os dados não dizem tudo. Mas o que você ignora neles pode estar custando saúde e resultados. 

No turbilhão do dia a dia da Atenção Primária, é comum se perder em meio a metas, fichas, relatórios e sistemas. Mas o que diferencia um gestor comum de um gestor transformador? A capacidade de fazer as perguntas certas diante dos dados certos. 

Aqui vão dez perguntas que todo bom gestor da APS deveria se fazer ao analisar os indicadores do cofinanciamento federal.  

 

1. Estamos mesmo alcançando quem mais precisa? Ou só quem bate à porta?

 

É fácil se iludir com números altos de atendimentos. Mas se os hipertensos e diabéticos estão fora do radar, se as crianças pequenas não são pesadas há meses, ou se a gestante só aparece na hora do parto, o cuidado não está acontecendo de fato. 

Verifique os indicadores de cuidado da gestante, hipertensão, diabetes, idoso e desenvolvimento infantil no painel do SISAB. 

 

2. A nossa APS está cuidando ou só apagando incêndio?

 

Uma equipe que só atende demanda espontânea vive no ciclo da urgência: dores, queixas e receituários. Mas cuidado real exige demanda programada, agenda, planejamento e continuidade. 

Veja o indicador Mais Acesso à APS. Um percentual baixo aqui grita: “Estamos reféns da porta aberta”. 

 

3. Estamos planejando o cuidado com propósito ou só clicando em campos obrigatórios?

 

Preencher ficha não é planejar. Pergunte-se: os atendimentos geram planos terapêuticos? Há integração entre categorias? A eMulti é acionada de forma estratégica? Os dados refletem um processo de cuidado ou só produção? 

Indicadores como Primeira consulta odontológica programada na APS, Tratamento odontológico concluído na APS e Ações interprofissionais realizadas pela eMulti dão pistas valiosas. 

 

4. As crianças estão escovando os dentes na escola ou só no papel?

 

A escovação supervisionada é um termômetro de presença no território. Se a cobertura está baixa, pode haver fragilidade na articulação com escolas ou falhas no planejamento coletivo. 

Indicador: Escovação supervisionada na APS

Dica: cruze os dados com o número de crianças de 6 a 12 anos da sua população adscrita (use dados do IBGE como referência). 

 

5. Quantos dentes estamos perdendo por falta de prevenção?

 

A taxa de exodontia não é apenas uma estatística odontológica, é um reflexo de atraso no cuidado. Se as extrações dominam sua produção, a saúde bucal está falhando em educar, prevenir e restaurar. 

Quanto menor a taxa, melhor. Esse é o mantra desse indicador. 

 

6. Estamos começando muitos tratamentos que nunca terminam?

 

A diferença entre acesso e efetividade está aqui. A população consegue iniciar o cuidado, mas consegue concluir? Ou está desistindo no meio do caminho? 

Olhe para o indicador Tratamentos odontológico concluído na APS: ele mostra se a sua equipe entrega resultado ou só abre prontuários. 

 

7. A eMulti está cuidando de gente ou só aparecendo no relatório?

 

Se o número de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti é baixo, a equipe multiprofissional pode estar mal integrada, desvalorizada ou mal escalada. 

Avalie os indicadores: Ações interprofissionais realizadas pela eMulti e Média de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti. 

 

 8. Nossos dados têm padrão ou estão em uma montanha-russa?

 

Flutuações bruscas indicam instabilidade: profissionais faltando, erros de lançamento, falhas na organização. Bons gestores observam tendências, não apenas números isolados. 

Mantenha relatórios mensais e compare quadrimestres. Use ferramentas como o SISAB, IDS Saúde e dashboards inteligentes. 

 

9. Estamos atingindo nossos públicos prioritários com potência total?

 

É fácil se perder no genérico. Mas os indicadores do cofinanciamento federal são claros: há populações prioritárias e com elas, metas específicas. Crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas exigem estratégias próprias. 

A pergunta-chave: sua equipe está cuidando de forma contínua e qualificada desses grupos? 

 

 10. Os dados que temos refletem a realidade que vivemos no território?

Não adianta analisar se os dados estão mal lançados. A qualidade da informação é o oxigênio da gestão. Se os indicadores não batem com o que você enxerga nas visitas domiciliares ou nos conselhos locais, há um alerta. 

Comece pelas boas práticas de registro. Capacitação, revisão de prontuários e integração com o CadSUS são fundamentais. 

 

Quer transformar esses dados em decisões? Conte com o IDS Saúde 

 

O IDS Saúde é a ferramenta que ajuda equipes e gestores a interpretar os indicadores da APS com inteligência, em painéis claros e dinâmicos. Em vez de esperar o fim do quadrimestre, o IDS antecipa alertas, sinaliza falhas e ajuda sua equipe a corrigir a rota antes que o resultado vire prejuízo. 

Você pode ter uma gestão baseada em dados e humana ao mesmo tempo. Tudo começa com as perguntas certas. 

 

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